Avaliação do potencial erosivo de sucos de frutas artificiais em pó, refrigerantes, isotônicos e chás enlatados disponíveis comercialmente no Brasil / Evaluation on the erosive potential of powdered juices, soft drinks, sport drinks and canned teas available on the Brazilian market

O objetivo com este experimento foi avaliar o potencial erosivo de sucos de frutas artificias em pó, refrigerantes, isotônicos e chás prontos disponíveis no mercado brasileiro. Foram avaliados 30 sucos articiais em pó (s), 11 bebidas isotônicas (i), 22 refrigerantes (r) e 7 chás enlatados (c). Foi medido o pH e determinada a titrabilidade ácidas de todas as bebidas. A análise estatística foi feita através dos testes Anova e post hoc de Tukey com valor para rejeição da hipótese nula de p < 0,05. Os pHs de todas as setenta bebidas testadas foi igual ou menor que 3,91. A titrabilidade foi sempre maior que 8,3 mL. O pH do grupo (c) foi significativamente maior que o pH dos grupos (s) e (i). A titrabilidade ácida do grupo (s) foi significativamente maior que a dos grupos (i), (c) e (r); e a titrabilidade ácida do grupo (r) foi significantemente maior que a do grupo (c). Conclui-se que todas as bebidas testadas apresentam significativo potencial erosivo in vitro

Avaliação do potencial erosivo de colutórios bucais / Evaluation of the erosive potencial of oral mouthwashes

Durante os últimos anos, colutórios bucais têm sido introduzidos como adjuntos na higiene bucal. A apresentação de ácidos orgânicos e substâncias quelantes nessas soluções pode causar efeitos deletérios nos dentes, como erosão dental. Essa é influenciada pelo pH e titrabilidade ácidas das soluções, além da capacidade tampão, quantidade de fluxo salivar e película salivar de cada indivíduo. Devido ao fato do pH crítico do esmalte dentário ser aproximadamente 5,5, qualquer solução com pH inferior a esse poderá causar erosão. O objetivo deste experimento foi avaliar o potencial erosivo de colutórios disponíveis no mercado, pela avaliação de seus pH e suas titrabilidades ácidas e as modificações desses dois parâmetros durante um mês de estocagem. Foram avaliados 11 colutórios, onde foi medido o pH, com o auxílio de phgâmetro digital, e a titrabilidade ácida através da adição de hidróxido de sódio 0,1 M, no momento da abertura dos frascos e após 1 mês de estocagem. Para análise estátistica foi utilizado o teste t de Student. Dos 11 colutórios testados, 7 apresentaram pH inferior à 5.5 e entre esses a titrabilidade variou de 0,5 a 10,8. A titrabilidade apresentou valores altos para 7 desses colutórios. Não houve diferenças estatiscamente significativas entre os outros valores de pH e titrabilidade após um mês de estocagem. Concluiu-se que 63,6 por cento dos colutórios bucais disponíveis no mercado apresentaram-se potencialmente erosivos. A estocagem dos colutórios pelo período de um mês após a abertura dos frascos não provocou modificações no pH e na titrabilidade ácida dos colutórios análisados neste estudo